Pensando sobre nós
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Pensando sobre nós



Somos diferentes de todas as outras criaturas, pois temos a consciência de nós mesmos, nos questionamos, e queremos saber de algo que há fora de nosso mundo, que não sabemos o que é, mas temos a incômoda indagação dentro de nós: “De onde vim?, O que vim fazer aqui? Ou como vim parar aqui? E depois de morrer, o que será? Pra onde vou?”.

Na verdade, esses questionamentos no fundo nos roubam a paz, ou nos fazem sentir necessidade dela. Daqui surge a necessidade primordial e primária do ser humano, paz. Todas os anseios, necessidades e desejos, quer sejam eles materiais (carro, bom emprego, casa, um tênis da moda etc), afetivos (namoro, casamento, amigos, etc) ou espirituais (Deus, respostas para o futuro, para o desconhecido, etc), estão revelando uma necessidade de paz. Daí a confirmação da primeira frase deste texto, somos todos diferentes das outros seres vivos, somos os únicos com a consciência deste anseio, e com este anseio. Por que será?

O que é paz? Paz é liberdade!!! Uai, liberdade? E o que é a liberdade? Ser livre é não estar preso a nada, é não depender de nada! Ser livre é ser!!! O que é ser, e  ser o que?

O homem não é um ser totalmente livre, ele é livre para escolher a quem servir, a quem ser preso, de quem ele depender.

O que me faz não me prender a nada, a não depender de nada, a ser!?!? O Amor! O Amor é o que nos faz ser, nos sentirmos satisfeitos em nós mesmos, nos sentirmos livres pra sermos, pra vivermos, sem medo, sem precisar de algo dentro de nossas exigências, dentro de nossas circunstâncias egoístas, dentro do mundo que criamos e das expectativas que criamos para que tenhamos paz.

Mas o que é o Amor, o que ele tem que me da paz ou que me faça livre? O Amor é paciente, é bom, não tem inveja, não é orgulhoso nem presunçoso, não é soberbo, não busca seus próprios interesses, não é egoísta, não se irrita, não é desconfiado, não é injusto, o Amor é a verdade, ele tudo suporta, sofre o que for necessário, ele espera, ele suporta, ele nunca falha. O Amor não é um sentimento, é ser, é uma maneira de ser de alguém. O Amor é a essência de Deus! Deus é amor! Quem é Deus?

Deus se fez manifestar de três maneiras: primeiro, através da história de Israel, o povo judeu. Não é um conto nem um mito, é a história registrada do povo judeu. Segundo, através da natureza, das coisas criadas que funcionam perfeitamente através das leis por Ele determinada, a biologia, a química, a física, etc.. E a mais sublime manifestação, Jesus e a bíblia.

Somos livres pra escolher a quem servir, a quem depender, e só há duas opções, ou optamos a servir a nós mesmos, isso exclui a segunda opção, ou optamos a depender de Deus. Depender para que? Para termos paz! Para sermos! Para vivermos!

O ser humano está em busca de sua  identidade perdida no Éden, onde perdeu a paz, que é a liberdade, e que só se obtém com Amor, que é Deus. A opção é de cada um, Ele se fez manifestar de três formas, uma está nossa volta e as outras duas são uma só registrada no livro preto, Bíblia.

Como dito anteriormente, atrás de tudo o que fazemos ou queremos, na verdade estamos buscando a paz. E o que a rouba? Os problemas! De onde eles vêem? O que são?

Para encontrarmos ou compreendermos qualquer questão da vida, necessitamos descobrir a essência da questão. A essência é a raiz, a origem, a fonte. E se pra acharmos a essência temos que retornar a origem, então voltemos ás nossas raízes, Adão. Quando ele, usando do seu livre arbítrio escolheu viver independente de Deus, o primeiro fruto disso, e o que seria a fonte de todos os seus problemas, foi o medo. (Gn. 3:10)

Medo, o que é, e de que? Adão disse que teve medo, porque viu (visão=consciência) que estava nu. O medo tem haver com a visão que temos de algo. Quando alguém tem medo de algo é porque ele tem uma visão errada do que realmente na realidade o é.

E qual visão (medo) que temos, que não é a verdadeira e nos rouba a paz? A visão de nós mesmos! A consciência de nossa realidade. E que visão que temos de nós mesmos? Se através de Adão escolhemos viver independente de Deus, é porque nos vemos auto suficientes, poderosos, isso é fruto da soberba e da vaidade. E como na verdade não somos, auto- suficientes e poderosos, tememos em fracassar nessa visão e consciência de que temos tais atributos, forjando assim “armas” para lutar contra esse medo. Medo de não conseguirmos viver sem Deus. (Tg 4:1-10)

Lutamos porque nos achamos com a responsabilidade de nos satisfazermos, de nos sentirmos vivos, e não temos tais aptidões e condições pára isso. Então nos escondemos. Escondemos no dinheiro, no sexo e no poder. Escondemo-nos, quando deveríamos nos expor do jeito que realmente somos, nus. Tememos a nossa nudez, nossa realidade de seres separados de Deus. Então vivemos em função de esconder essa nudez, do medo dela, por que somos orgulhosos demais para admitirmos que não somos capazes de vivermos dependente de Alguém, de Deus.

Somos orgulhosos, somos por que achamos que somos uma coisa, e que não somos. Temos uma visão errada quanto a nós mesmos, e essa visão de acharmos que somos o que não somos, nos gera um medo de nos acharmos consciente de que realmente não somos o que pensamos. E contra esse medo, vêem nossas lutas e tentativas de sermos o que não somos, daí tantos problemas na vida do homem, corrupção, ódio, traição, inveja, ira, etc.

Somos escravos da obsessão do medo de nós mesmos, fugimos de quem somos, porque sabemos que, o que somos não é bom, mas somos muito soberbos para confessar isso, e não queremos deixar de tentar ser o que pensamos o que somos.

Nossa vida é fugir de nós, e ter medo de quem somos. E esse medo e essa fuga são a causa de todos os problemas da nossa sociedade pós-moderna capitalista, que tem como uma de suas principais armas, o consumo, que é um meio de nos fazer sentir a sensação de ser.

Qual a arma contra o medo, contra esse medo? Como ficar livre dos nossos problemas que são causados por esse medo? “O Amor lança fora todo o medo, no amor não há medo, antes o medo produz tormento...” I Jo 4:18.

Quando assumimos o que somos expomos nossa nudez sem o medo do que ela representa, sem reservas, e nossa transparência do que realmente somos, seres perdidos, rebeldes e doentes, separados do seu Criador, ou seja, apenas essa confissão humilde da nossa realidade, que indica o socorro clamado pelos nossos corações, pode acionar o Amor. Deus é amor, e um coração quebrantado ele jamais despreza, e esse coração quebrantado, consciente de si mesmo, numa posição de clemência por compaixão, é que move a mão de Deus para começar uma obra de limpeza da nossa sujeira, de restauração das nossas almas, de libertação do nosso medo. O amor vence o medo. Amor é estilo de vida, é a maneira de ser de Deus, e este está disponível a nós, se nos expormos a Deus nossa nudez.

O Amor não depende da recíproca, das circunstâncias ao nosso favor, por isso ele é livre, nos torna livre e nos garante a paz.

Renato Montuani Filho.

Obs.: recebido por e-mail.




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