SONHO DE INFÂNCIA
(André L. Soares)
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Fugi de vez pra pintura do caderno,
vou ser, pelo eterno, a criança de agora,
pintarei o sol com a cor dos teus olhos
num desenho à mão-livre e sem fronteira..
Corro nos campos, em meu cavalo imaginário, não há mais hora pra acabar a brincadeira;
chamo os amigos pra jogar amarelinha,
subir os montes e passear na floresta..
A vida é festa, não existem mais perigos, salto das nuvens, sobre o leito dos rios,
pulo corda em meio à taba dos índios,...
meu novo herói é um pequeno curumim..
Brinco assim,... integrado à natureza, essa beleza é o futuro que me aguarda,
mundo perfeito vai ter paz a noite inteira
e final feliz, como nos bons contos de fada..
Subo, então, na bicicleta, jogo bola e empino papagaio,
lanço o peão montanha abaixo,
pulo ponte, salto morros..
Canto uma canção de roda, ao escurecer, conto as estrelas,
pela manhã tomo banho no riacho
para depois começar tudo de novo.
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