Sônia
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Sônia


Eu, Sandro, estava em minha casa. Sentado, próximo à janela, escrevendo uma carta. Uma carta nos dias de hoje parece algo brega ou ultrapassado. Mas me parecia a forma mais sincera de expressar o que eu sentia por Sônia. Acho essa coisa de emails fria demais. E eu gostava, curtia cada momento, cada sentimento transformado em palavra. É uma sensação que eu não consigo descrever de jeito nenhum.
Foi quando tocou a campainha. E eu pensei "Meu Deus, logo agora que eu tava no auge!"
Mas fui abrir a porta. Não se tratava de agente de saúde, carteiro, nem do homem do gás. Era Sônia, tão linda, tão doce, eu a recebi com um abraço e um sorriso que não cabiam em mim.
- Pensei que você só chegaria à noite.
- É que eu queria te ver, tava com muita saudade.
- Linda, eu tambem tava com muitas saudades suas.
A gente sentou no sofá e ficou horas conversando, ela contava o que tinha feito durante o tempo que a gente não se viu e eu tambem. A gente se dava muito bem, a gente se amava e não tinha aquelas crises de ciúme. A gente dividia muitos amigos, e eram tantos. Enfim, a gente era muito feliz.
Lembrei de como a gente se conheceu e rimos bastante.
Foi assim: Eu estava sentado em uma parada de ônibus e não vi quando ela se aproximou. E lá vinha meu ônibus. Ele só passava de meia em meia hora. Foi quando eu levantei rápido e esbarrei em Sônia, derrubei todos os seus livros e perdi meu ônibus, mas eu tinha que ajudá-la, pedi milhões de desculpas e ela dizendo com aquela linda voz que não era nada. Perguntei onde ela morava e se ela queria que eu a acompanhasse. Ficava um pouco longe de casa, mas eu estava evergonhadissimo e era uma forma de pedir-lhe desculpas. Ela aceitou, logo seu onibus veio e fomos embora. Ela tinha ido a biblioteca e havia se interessado por vários livros. Ela adorava ler, peguei esse ótimo habito com ela que lia um livro e depois me emprestava pra a gente passar horas conversando sobre ele. Chegando na casa dela, eu muito sem graça, lhe dei um abraço e pedi desculpas novamente. Ela me perguntou se eu queria água. Bom, eu realmente queria, então entrei, tomei coragem e lhe disse:
- Olha Sônia, Deus nao coloca as pessoas no caminho das outras por acaso.

Ela riu e eu deixei meu telefone. Havia sentido algo diferente, mas não sabia bem o que era, nao imaginava nunca que me apaixonaria assim.

Bom, hoje foi um dia feliz, eu pude ver a Sônia. Ela me faz sentir melhor, sabe. Nossas conversas são maravilhosas. Gosto de vê-la sorrir, é o seu sorriso que me traz de volta a vida quando eu acho que tudo está acabado. Ela é tudo que eu sempre quis e não sabia pedir.

Depois de muitas horas nos despedimos:
- Te amo, Sandro.
- Você é minha vida, Sônia.
Nos beijamos por um longo tempo. Depois ela se foi e eu já estava com saudades. Voltei para continuar a carta. Mas ela não estava mais lá. Talvez o vento, talvez a Sônia. O amor é lindo de se ver, de se falar e, principalmente, de se sentir. Eu amo a Sônia... E o vento continua levando, para ela, as minhas palavras mais carinhosas...



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