Às Cinco da Tarde
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Às Cinco da Tarde


Foi um coração partido. Ela tinha certeza disso. Estava tão desorientada que não sabia se o branco da roupa que lhe deu as costas era claro ou escuro, pobre mulher. Olhou pro céu com um peso tão grande nos olhos que caiu no chão, mas Sérgio não olhou pra trás e, se olhou, não deu atenção. Viu quando ele dobrou a esquina e, depois disso, seus olhos inchados não a permitiram enxergar mais nada. Agora, Isabela estava numa rua deserta, despida de toda e qualquer alegria. Não soltava um sorriso amarelo que fosse, estava inerte, esta triste, estava desesperada.
Respirou tão fundo que chegou a escutar seus pulmões resmungarem algo. Ela não entendeu, ela não se importava. Estava prestes a sair gritando atrás de seu amor. Era seu amor, era óbvio, qualquer um era capaz de perceber. Passaram-se longos 5 minutos, parecia um mês em sua cabeça dolorida. Seus olhos continuaram fechados, parecia morta, parecia entregue àquilo tudo que foi obrigada a sentir. 5 minutos para as cinco da tarde. A rua deserta, cabeça e coração latejando, uma dor tão grande que ela nem sequer sentia mais. Respirou fundo pela segunda vez, sentiu um pouco de calma, mas não ouviu mais nada. Sentou-se, não conseguia mais lamentar. Afinal, não iria mais adiantar. Iria? Ela estava certa que não. Então respirou fundo pela terceira vez e disse a si mesma que não valia a pena. Respirou fundo outra vez, e outra, e outra, e outra. Seus olhos secaram e se abriram, foi aí que ela viu que havia algo esperando por ela.
Alguém lhe oferecia a mão. Ela sabia que podia, literalmente, levantar-se daquela situação. Apanhou no chão os cacos que sobraram, apertou-os contra o peito e partiu. Cambaleando, mas partiu. Dolorida ainda, mas partiu. Certa de que nunca o daria outra chance, mas partiu. Pensamentos soltos e um quase sorriso amarelo, mas partiu. Perderia algumas amizades, mas partiu. Acabada por dentro, mas partiu. Ela queria mudar. E partiu, às 5 da tarde, pra nunca mais voltar.



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