Improvisação difícil: introdução
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Improvisação difícil: introdução



A real definição do que é o jazz é uma questão difícil de ser explicada por músicos, pesquisadores e jornalistas apreciadores desse gênero musical. Gênero esse nascido na cidade de Nova Orleans, sul dos Estados Unidos, local em que o trabalho, a exploração e a busca por uma vida melhor acabaram por produzir uma miscigenação única. Ocorrência essa que foi possível através da geografia do local, da relação colonizador e colonizado que nortearam os séculos anteriores ao século XX, e principalmente, por conta da vontade de usar a música como escape de uma vida difícil.

Mas a dificuldade de se encontrar uma definição, ou melhor, definições de jazz, já por si só revelam que esse estilo musical possui diversas “faces” que foram construídas ao longo do tempo, em que rostos brancos, negros, e latinos ajudaram na consolidação de uma manifestação artística de fácil identificação, mas de difícil explicação.

Desde o ragtime, passando pelo bebop e cool e até chegar ao fusion, o jazz deixou de ser uma expressão musical estritamente norte-americana e passou a ser o expoente de uma linguagem universal. Nela o se expressar por conta dos instrumentos não se tornou apenas em um quase sinônimo de improvisação, mas também, em uma marca que muitas das vezes dispensa o uso de idiomas e suas palavras.

Os parágrafos anteriores mostram a idéia de que o jazz nasceu com o choque e assimilação cultural entre diferentes etnias, nacionalidades e credos, o que não deixa de ser verdade. Porém, esse gênero, apesar de ter nascido de uma manifestação popular, é visto por grande parte da população brasileira como manifestação artística norte-americana voltada somente para a elite.

Assim vejo três problemas iniciais. O primeiro diz respeito à falta de um conceito oficial do que pode ser chamado de “jazz”. Já o segundo, trata sobre a elitização que o gênero sofreu ao longo dos anos, em que o fluxo deu-se ao contrário do que normalmente ocorre na indústria cultural, ao ir do popular para o elitismo. Por fim, o terceiro está relacionado com os dois anteriores: o distanciamento entre o Brasil e o jazz, mesmo que ambos possuam semelhanças.



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